Fanfic: Lost Soul - Capitulo 4


Heath – Capitulo 4

Nós estávamos a dirigimo-nos ao carro. Estava parado no parque de estacionamento da Danny’s Cookies.
Enquanto caminhávamos em silêncio, olhei para o céu. A noite estava coberta de estrelas ultra-brilhantes. A lua estava linda. O ar estava mais quente. Mas mesmo assim, nada, nem a maior beleza do mundo, poderiam melhorar esta noite.
- Raios, a maior beleza do mundo é a Zoey. – Disse eu, baixinho.
- Disses-te alguma coisa? – Desta vez foi Kayla quem ergueu a voz.
Olhei para ela. Ela estava cheia de frio. A tremer imparavelmente. Só tinha vestido uma camisa que transparecia tudo para fora.
Desfiz-me às gargalhadas depois de apreciar aquele traje de figurino.
Tive de me agarrar ao poste de electricidade, do nosso lado da rua, para conseguir manter-me de pé.
- Hum… Heath, estas bem? – Via soltar uns risinhos, como se troça-se de mim.
- Ai Kayla… AHAHAH… Sim, estou bem. – Pirrapiei e recompus-me.
Abri a porta do carro e saltei lá para dentro. Reparei que a Kayla tinha parado ao lado do poste mais próximo do carro.
- Então, não vens? Falta coragem á menina, é? – Falei num modo gozão, como se a desafia-se.
- Nem venhas bebé, coragem não me falta. – Veio em direcção á porta do passageiro e entrou.
- E que tal uma musiquinha para trazer ambiente e acalmar o stress do pessoal?
- House music? – Perguntou ela.
- Ah, pois é!
Carreguei no botão do Rádio-CD e a musica «Who wants to be alone» de Nelly Furtado ft. Tiesto começou a rolar dentro do meu carro.
Coloquei o volume no máximo.
Kayla começou a dançar no banco e eu abanava o braço que não estava agarrado ao volante.
Estava-mos a cantar a plenos pulmões.
Seguiram-se várias músicas do género, depois desta. Nós continuávamos com a mesma animação que tinha-mos na primeira música.
No que pareceu um curto espaço de tempo, chega-mos a Tulsa.
- Heath, não vais estacionar perto da Casa da Noite, pois não? – Perguntou Kayla.
Olhei para ela de novo. De repente tinha parado de cantar e dançar, para estar super assustada.
Percebi então a preocupação dela.
- Não te preocupes. Eu deixo o carro no fundo da rua.
- Ok.
Parei o carro e ambos saímos (com as nossas lanternas na mão) sem nenhum de nós se entreolhar.
Começa-mos o nosso percurso até á Casa Da Noite.
Ao longe, mas cada vez mais perto, se via as luzes da parte de fora da Casa Da Noite. Parecia um lugar tão simpático, se não fossem aquelas criaturas a viver lá.
A Zoey não é como aqueles. Ela merece ser salva por mim. Ah, e pela Kayla, se é que me entendes.
- Heath, e se…
- Chiu! – Cortei-a.
- Mas, e se…
- Se, nada! – Voltei a interrompe-la.
- Mas, ela é…
- Kayla!
- Pronto! ‘Ta bem… - Desistiu ela.
Passado um pouco Kayla voltou a falar, e desta vez não a interrompi.
- E se não a encontrar-mos? – Ela parecia mais relaxada agora, depois de ter falado.
- Nós vamos encontra-la, ok? – Eu parecia mais confiante, do que estava na realidade.
Kayla limitou-se a assentir.
Ao aproximarmo-nos do muro, vi uma figura feminina, de cabelo comprido, preto.
Por dentro, enchi-me de excitação.
- Zoey! Zoey! És tu?
Assustou-se e quase se desequilibrou. Agarrou-se a um ramo da árvore, ao lado dela, para se firmar melhor.
- Quem… quem é?
Eu e Kayla aponta-mos os focos das lanternas para ela.
- Claro que é ela! Como se eu não conhecesse a voz da minha melhor amiga! Credo, ela não se foi assim há tanto tempo!
- Kayla? – Indagou a Zoey, a tentar escudar os olhos do clarão das lanternas com a mão.
- Bem, eu disse-te que a havíamos de encontrar. Tu queres sempre desistir cedo demais. – Disse eu.
- Heath? – A Zoey voltou a falar.
- Sou eu! Iupi! Encontrámos-te, fofinha! – Gritei eu, e a única coisa que me deu para fazer, naquele momento, foi atirar-me ao muro e começar a subir.
- Heath! Tem cuidado. Se caíres ainda partes alguma coisa. – Disse Zoey.
- Eu não! – Disse eu, içando-me e sentando ao lado da Zo, uma perna para cada lado.
- Hey, Zoey, olha só: Sou o rei do universo! – Berrei, de braços abertos, a sorrir para ela.
- Ok, não há necessidade de gozar eternamente com a minha infeliz paixoneta pelo Leonardo. – Lançou-me um olhar furibundo. Agora parecia-se mais com a minha Zoey. – Aliás, é como a minha infeliz paixoneta por ti, só que não durou tanto tempo, e tu não fizeste um monte de filmes porreiros mas foleiros.
- Hey, não estás zangada por causa do Dustin e do Drew, pois não? Esquece lá isso! São atrasados. – Tentei o meu melhor para fazer uma cara de ‘’perdoa-me’’ que sempre resultava. Mas que deixara de funcionar á cerca de dois anos.
- Seja como for, fizemos todo este caminho para te tirar daqui. – Voltei a falar.
- O quê? – Abanou a cabeça e semicerrou os olhos. – Espera. Apaguem as lanternas. Estão a dar-me cabo dos olhos.
- Se as apagarmos deixamos de te ver. – Disse eu.
- Pronto, então desviem-nas. Apontem para ali ou coisa assim. – Fez sinal para longe da escola.
Eu e a Kayla viramos os feixes das lanternas para o outro lado. A Zoey deixou cair a mão, que até agora lhe tapara os olhos, e abriu-os. Arregalei os meus, quando vi a Marca.
- Olha só! Está toda colorida. Uau! É como… como… na televisão, ou coisa assim. - Pum! Não disse nada de jeito.
- Hei! Então e eu? Também cá estou, sabem! – Era Kayla a chamar.
- Ajudem-me a subir, mas tenham cuidado. Vou pousar a minha mala nova. Ah, e é melhor tirar os sapatos. Zoey, não ias acreditar nos saldos que perdeste hoje no Bakers. Todo o calçado de Verão completamente em liquidação. Quer dizer, mesmo em liquidação. Descontos de setenta por cento. Comprei cinco pares por…
- Puxa-a para cima! Já! É a única maneira de ela parar de falar. – Disse Zoey para mim, interrompendo Kayla.
Virei-me todo até ficar deitado de barriga para baixo, e depois debrucei-me para dar as mãos a Kayla.
Aqueles risinhos, que ela tinha dado durante toda a noite, voltaram. Aos risinhos, ela agarrou-as e deixou-me iça-la para cima do muro ao nosso lado.
- Como esta o Jared? – Perguntou a Zoey de supetão, acabando totalmente com os risinhos de Kayla.
- Bem, acho eu – respondeu, sem olhar para a Zoey.
- Achas? – Perguntou Zoey.
- Sei lá. Não temos falado grande coisa ultimamente.
De repente uma súbita ventania girou á nossa volta, trazendo uma friagem quase assustadora.
- Kayla, andas a beber e a fumar? – Pum! Como ela sabia? Ah, pois… o cheiro.
- Foram só duas. Cervejas. E, hum, o Heath tinha um charrinho e eu tinha mesmo medo de cá vir, por isso dei uns bafos.
- Ela precisava de se fortalecer. – Falei eu. Como eu nunca tive jeito para palavras com mais de duas sílabas suou mais a «fu-ta-ser».
- Isso só faz mal. Só os maiores desgraçados da escola se metem nisso. – Disse Zoey.
- Então, não! – Kayla, deu um corte na frase.
- Como, Kayla?
- Eu disse «então não» porque não são só os maiores desgraçados que fumam.
Sabes aqueles dois defesas mesmo bons do Union, o Chris Ford, e o Brad Higeons? Vi-os na festa da Katie. Eles fumam.
- Eles não são assim tão bons! – Atalhei eu.
- E a Morgan também fuma. E furou a língua e o… - Calou-se e mimou alguma coisa com os lábios.
- O quê? O que ela furou? – Tentei saber.
- Nada! – Disseram as duas em Uníssono. Pareciam os bons velhos tempos.
- E eles usam esteróides. Lembra-te. Foi por isso que demoramos 16 anos a derrota-los. – disse Zoey.
- Força, Tigers! Mai’ nada, demos uma abada ao Union! – Exclamei super animado.
Eu estava em perfeita harmonia. Estava com a minha namorada, o que podia pedir mais? O que podia correr mal?

1 comentário:

Bia* disse...

Adorei, quero ler mais =)